11.16.2006

Viva a república das bananas !!











Carmem Miranda estava mesmo errada em desfilar com seus balangandâs e frutas tropicais em lugar de chapéu ?! Alguns a acusam de ser o estandarte do ridículo brasileiro, ou talvez a pioneira do patético genuinamente brazuca. Quem sabe?
















Ok, dona Carmem podia até não ser das mais belas, desfilando por aí com bananas na cabeça. Mas e essa careta aí em cima? Reparem no olho direito. Esbugalhado como o dos fanáticos repletos de certeza. Devia ter o passo enfurecido dos touros. Imagine cruzar com ele caminhante em plena madrugada numa ruela isolada. Não sei você, mas eu daria meia volta.

Especulações à parte, esse senhor é o digníssimo Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente brasileiro. Um militar, provavelmente repleto de certezaz e convicções, responsável pelo início desta multicolorida república chamada Brasil. O marechal e seus jacobinos tiveram sua glória e graças a eles nos livramos definitivamente da monarquia. Mérito deles.

Qual ligação maluca existe entre Carmem Miranda e Marechal Floriano? Bom, não devem existir muitas. Talvez ambos gostem bastante de frutas genuinamente nacionais. De resto são um contra-ponto. O orgulho versos a galhofa. O áustero contra o ridículo. A disciplina de frente ao deboche.

O senhor Marechal é pintado nos livros escolares como herói, e talvez o seja. Definir um heroi nacional é com certeza uma tarefa árdua, eu não conseguiria. Em contrapartida, dona Carmem Miranta durante muitos anos foi a pária oficial brasileira, a figura do anti-heroi nacional. Só consigo pensar que numa luta, seja de ideais ou vias de fato, não precisa muito pra saber quem levaria a pior.

Eu, como bom nacionalista que sou, com certeza preferiria passar a tarde morrendo de rir de dona Carmem a enfrentar alguns minutos frente as certezas do senhor Deodoro. Entre heroismo e galhofa fico com o ridículo. Sempre prefico as formas sinuosas às linhas retas. Talvez eu seja um ridículo, ou fraco das idéias, mas a moleza e suavidade da água à agudeza da pedra.

11.07.2006

O piloto sumiou!! Apertem os cintos ?!

Moro na rota dos aviões e algumas vezes acho que eles vão levar meu telhado junto (esses dias levaram umas telhas aqui da vizinhança, mas as companhias aéreas juram de pés juntos que não tem nada com isso). Medo de voar eu não tenho, juro! Tenho é uma puta vontade de dar uns saltos de para-quedas e mudar um pouco o ângulo que vejo o mundo... Mas isso é só papo furado, esse espaço aqui não tem nenhuma ligação com avião ou sei lá o quê.

Se o piloto some você é o tipo de gente que aperta os cintos? Talvez você se considere alguém de ação e vai dar um jeito de colocar em prática o que aprendeu em Flight Simulator. Ou talvez não, muita gente começaria a chorar e a relembrar as rezas dos tempo de catecismo. Na boa, deve ser bem interessante observar a reações de pessoas em situação limite, deve ser por isso que temos cada vez mais Reality Shows bizarros... quem pode culpa-los ?

Você pode até não saber o que fazer na ausência do piloto e tudo bem, qualquer um pode entender isso, mas você com certeza sabe do caos total em que o avião se transformaria, não é? Esse blog é, de certa forma, sobre o caos. Ou ao menos sobre a sensação caótica que se passa na cabeça desse sujeito à digitar estas linhas.

Cultura pop, cult, comportamento, trivialidades, política e talvez meta-física, quem sabe filosofia. Aqui vamos falar sobre tudo e sobre nada, sem compromissos com ninguém, respeitando apenas a fluidez do momento. Algumas vezes contrutivo, outras catártico, muitas apenas vomitando inutiliadade, você pode ser arriscar, mas já vou avisando o piloto sumiu!